O dia das bruxas (1 de Novembro) era tradicionalmente o dia de todos os santos ou o dia dos mortos, que servia de meditação sobre a impermanência da vida.
Nesse dia é tradição visitar os cemitérios, cuidar das campas e prestar uma homenagem aos que habitam neste local e não partilham do mesmo estado anímico que nós.
Expressar desta forma a nossa gratidão à linhagem humana que nos criou.
Esta tradição existe para auxiliar a entrada nas estações mais frias e com menos luz como o Outono e Inverno.
Nestas estações pede-se que se reflicta e se tome contacto com partes da nossa existência que noutros momentos do ano não são possíveis de tocar.
Impermanência, luto, mortes várias, tristezas não resolvidas, simplificação, escolhas desafiantes, quietude.
Este alinhamento é necessário para pôr fim à mentalidade de verão: conexão, movimento, inconsequência, exploração do exterior e entrar numa outra mentalidade mais nutritiva para esta estação.
O que pode ser identificado como depressões, desmotivação, falta de energia anímica para “dar a volta às coisas” não tem a ver com o Outono ou Inverno, tem a ver com a resistência que pode existir em deixar o “eterno verão partir”.
E isso consome de longe muito mais energia. É como nadar contra a corrente.
Numa prespectiva oriental este é um tempo de nutrição, não do exterior mas sim do interior. Com ajuda terapêutica, de um bom amigo/a ou a sós, é tempo de ir mais fundo e ir mais consciente.
Porque uma emoção expressa em excesso pode ser tão patológica como uma emoção nunca expressa.
Daqui a sete meses o verão está de volta, até lá é tempo de viver o frio e a noite e a clarificação e direção que estas estações nos podem trazer.
Boas práticas.
Olá Lourenço,
Que maravilhoso artigo!
Obrigada
Isabel Luís
Muito obrigado por partilhar connosco este artigo. Muito inspirador para mim!
Obrigado,
La Salete
Muito bom relembrar o verdadeiro significado destes dias e a importância de maior quietude nesta estaçao.
Obrigado, Lourenço.
Teresa Ferreira
Partilho dos anteriores comentários .
Bem haja Lourenço.