Em Lijiang, no Sul da China, algumas províncias apresentam de uma forma particular o preço do artesanato que vendem.
Colocam juntamente com o preço o numero de dias que a peça de artesanato demorou a ser feita.
- Um cachecol demora dois dias
- Um lenço cinco dias
- Um tapete poderá ter uma semana de trabalho ou mais.
Essa declaração por parte do artista torna claro que o que ele faz é arte e que por ser arte não está disposto a que o preço seja ajustado.
- Há quanto tempo praticam a vossa arte?
- Quantas horas já investiram em formação?
- Em treino diário?
- Em leitura e reflexão?
- Quantas milhas já viajaram para aprender?
- Quantas horas de estudo foram necessárias para poderem aparecer, para dar uma aula, um tratamento ou uma palestra?
Pensem nisso da próxima vez que alguém tentar ajustar o valor da vossa arte.
Boas práticas.
Estou muito grata por ter a oportunidade desta reflexao atraves deste lindo exemplo que deram. Mensagem entregue.
Excelente orientação de reflexão. Nunca tinha pensado desta maneira, embora tenha consciência de todos os pontos que refere, o que acontece é que há sempre quem tente negociar o meu trabalho e, quando explico o tempo que demoro, o cuidado e carinho que tenho na execução de cada peça, fico com aquela sensação chata de que me estou a justificar. Gostei da dica, vou reflectir e na próxima feira ou exposição ou, até, em atelier vou pôr em prática. Muito obrigada.
Olá Fernanda, num mundo de “imediatez” é fácil esquecer que uma peça, uma aula, um artigo ou um livro não são apenas clicar e pronto. E mesmo quando é possível que isso aconteça – no caso de quem programa aplicações – tem por detrás muitas horas de trabalho. Por enquanto só o consumidor informado e que procura a qualidade é que entende este aspecto. E ainda bem que hoje existe espaço para todos e muitas opções de escolha. No entanto quem vende a sua arte – acredito pessoalmente – que deve ter estes aspectos em conta. E é a vontade de agradar a todos resulta frequentemente no artista ter de fazer outras coisas para sustentar a sua arte – quando a arte deve permitir ao artista viver dela e desenvolver e fortalecer o seu carácter naquilo que acredita como o valor correcto para a quilo que cria.
Boas práticas.
Muito bom. Obrigada.