Bem vindos aos dias 8 e 9
Os Tetra pak’s surgem com a vantagem de poderem ser facilmente transportáveis, arrumados em prateleiras e preservarem características de alimentos ou bebidas que transportam.
No entanto o Tetra Pak para além de todas as vantagens 20% da sua constituição é plástico – Polietileno.
São constituídos por seis camadas.
- Polietileno – um plástico – que protege contra humidade presente no ar
- Papel – para estabilidade e integridade da embalagem.
- Polietileno – Camada de aderência
- Folha de alumínio – constitui uma barreira contra a entrada de luz, perca de sabor e entrada de oxigénio.
- Polietileno – Camada de aderência
- Polietileno – para selar e evitar que o líquido verta.
Alguns Tetra Pak’s contêm também “palhinhas” que são de plástico ou a cada vez mais comum abertura fácil – também de plástico.
Para além do plástico que contém, contém também alumínio e embora seja possível reciclar estas embalagens, nem todos os países possuem já infra-estruturas que permitam fazer um adequado reaproveitamento deste produto.
Se em alguns contextos onde é necessário fazer chegar alguns produtos sem que estes se deteriorem – como em missões humanitárias – poderá fazer todo o sentido, num contexto urbano as bebidas vegetais ou sumos podem facilmente ser evitados e num contexto familiar serem produzidos em casa.
Mais uma vez, apesar de quase tudo hoje ser possível reciclar, o objectivo para um sustentabilidade é reduzir o consumo ou eliminar – pois a reciclagem também gasta recursos.
Estes último mês temos estado a repensar activamente as bebidas vegetais, no sentido de reduzir não só o seu consumo, mas também o consumo das mesmas em Tetra Paks.
Quando algo “dá mais trabalho” a produzir, o seu consumo é mais consciente e moderado, em oposição do acto de esforço mínimo que é o de abrir um pacote retirado directamente da prateleira da despensa.
Experimentamos realizar bebidas vegetais de cereais mas não fomos bem sucedidos – para nós não faz sentido triturar cereais e consumi-los não cozinhados e quando a solução que a liquidificadora produz é cozinhada obtemos algo que é mais semelhante a um creme de cereais que outra coisa.
As nossas melhores experiências até à data têm sido realizadas com as bebidas baseadas em oleaginosas.
Deixamos a receita de uma das nossas últimas experiências bem sucedidas.
Bebida vegetal de amêndoa biológica.
- Meia chávena de amêndoas com casca
- Uma colher de sopa de sementes de girassol
demolhar durante a noite
No dia seguinte escorrer e lavar bem as sementes.
Colocar na liquidificadora com uma taça de água – a mesma que utilizou como medida para as amêndoas.
Na nossa liquidificadora que é semi industrial – Blendtec – trituramos durante 1 minuto
Numa doméstica sugerimos que se triture pelo menos durante dois.
Depois de trituradas adicione duas taças de água ou mais, se desejar mais liquido, e uma ou duas colheres de sopa de geleia de arroz – dependendo do desejo por doce.
Sal qb para ajudar a conservação.
Volte a misturar por mais um ou dois minutos, dependendo da potência da liquidificadora.
No final utilizar um pano fino para coar. O resíduo que fica pode ser reaproveitado, por exemplo, para realizar pães ou bolos misturando este resíduo na farinha, dando-lhe um valor nutritivo adicional.
Guarde o preparado líquido no frio.
Como bebida vegetal acaba por ser mais equilibrada que uma bebida apenas de cereais – especialmente se for utilizada com outros cereais com cremes de cereais cozinhados ou mesmo granolas.
Pense até ao próximo artigo: quais são os Tetra Pak que por comodidade ainda consome e que com algum investimento do seu tempo e curiosidade poderiam ser produzidos em sua casa.
Então, mãos à obra.
Boas praticas e experimentações.
Marta Ribeiro e Lourenço de Azevedo
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