Pequeno almoço – Ramen de algas frescas com miso e feijão vermelho acompanhado com pita de vegetais salteados e um toque de sumo de limão.
Desde o Primeiro Summmit mundial da improdutividade que aconteceu no ano passado em Gladstone Library que eu e o Michael Nobbs ficamos amigos. Este ano em Gladstone e em Setembro vamos mesmo realizar um seminário de Criatividade e Chi Kung.
O Michael para mim tem sido uma referência como bloger e podcaster – pode conhecer melhor a história do Michael aqui. Hoje de manhã, ao pequeno almoço, estava a ouvir o seu podcast numero #1135 e dei por mim a ouvi-lo descrever o estado de confusão e indecisão que se encontra neste momento.
Com a máxima de que 20 minutos de produtividade por dia podem fazer a diferença, o Michael é um profissional que publica todos os dias da semana – para além de outros projetos como ilustrador que tem constantemente em mão.
Aparecer diariamente na arte que pratica independentemente do estado em está, é talvez uma das maiores diferenças de quem é profissional de quem ainda não é.
Desde a sociedade industrial que se acredita que uma máquina parada ou com defeito é uma máquina que não produz – que não está a 100% e deve ser substituída.
Foi no contexto da sociedade industrial que o ser humano começou a ser visto também como uma máquina que quando dorme demais, está doente, em ócio ou emocional não está a 100% e deve ter alguma avaria. Talvez mesmo deva ser substituído por outro ser humano mais novo, mais eficiente e com menos defeitos.
Somos humanos e adoecemos, falhamos penalties, podemos ser visitados pela confusão, raiva, desespero, choro e um dia vamos mesmo morrer – com mais ou menos sofrimento.
Uma das diferenças entre um profissional e de quem ainda não o é encontra-se no facto de que o primeiro aparece todos dias – disposto a aprender mais e abraçando a sua humanidade. Explora o espaço sagrado que o erro, a doença e a confusão lhe coloca e utiliza-os como combustível para a sua arte e crescimento pessoal.
Quem gostaria de ser profissional deixa de aparecer, muda de ramo de negócio ou critica quem tem a coragem de realizar o que para ele seria impensável – assumir e aceder a todos os aspetos da sua humanidade.
Obrigado, Michael.
Boas práticas.
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